sábado, 29 de outubro de 2011

FINAL SEM PONTO FINAL

MANOEL HERCULANO


Quando abro um livro
do que nunca me sinto vivo
mais e não me privo de viver, até esqueço de morrer
Sem fazer as malas eu sigo a viagem
entre letras e falas e palavras em vadiagem
Nem a contracapa me escapa
e cada folha é como o desafio de uma escolha
Viro lentamente a página que se repagina
piro rapidamente com o que meu outro imagina
Mudo a tática, a abordagem, o capítulo
Tudo é mágica, tem imagem, tem título
Entre as linhas recrio histórias só minhas
Entre os parágrafos sou como náufragos
que se espantam e se encantam com o mar
com a linha do horizonte a se derramar
A história segue e a vitória é de quem consegue
chegar ao final sem colocar um ponto final
fechar um livro e continuar arquivo

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*** Alguém me lembrou que hoje (29/outubro) era o dia do livro. Fui em busca deste poema escrito há algum tempo, tirei e coloquei vírgulas... e postei. Ufa! São 19:15h, horário de verão...

sábado, 1 de outubro de 2011

SE EU FOSSE

MANOEL HERCULANO

Não sei o que seria de mim se eu não fosse o que sou
Acho que não conseguiria ser nem um bom fingidor
E viveria por um triz, seria um triste, um infeliz
Mas isso se, porque eu sou, sou parte inteira do show
Sou fã da Marrom, da Elis e dono do meu pobre nariz
Mas e se?... Bem, se eu fosse a lua
Você seria minha rua, eu viveria eternamente na sua
E se eu fosse uma cidade
Você seria a iluminação, minha luz, luminosidade
E se eu fosse o carnaval
Você seria o maior destaque na Avenida Central
E se eu fosse a política
Você seria a crítica, a vergonha na minha cara cínica
E se eu fosse o futebol
Você seria o gol de placa em um belo domingo de sol
E se eu fosse o sol
Você seria meu calor, onde eu iria me por, o meu hall
E se eu fosse o mar
Você seria a onda perfeita para eu deitar e rolar
E se eu fosse a chuva
Você seria meu agasalho, meu orvalho, minha luva
E se eu fosse o vento
Você seria o meu movimento, meu cata-vento
E se eu fosse uma estrela
Você seria a constelação, eu viveria para entretê-la
E se eu fosse a arte
Você seria o meu encarte, o encaixe, a melhor parte
E se eu fosse alma gêmea
Você seria a outra, a minha roupa, o macho, a fêmea
Enfim, se eu fosse, se eu parecesse
Seja lá o que quer que seja, que eu "sesse"
Aqui no Rio do Maranhão, lá no Brasil de Sampa
Se eu fosse, você seria minha estampa, minha tampa
E então eu seria o que quisesse ser
Nas madrugadas rasgadas, do amanhecer ao anoitecer
Mas só se, ou desde que, fosse com você

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***De volta, com este poema que escrevi há algum tempo. É longo e não sei se terminei... rsrs.
São 3h da manhã do dia 02/10/2011. Já!!! E na tv shows do Rock in Rio.
Quem são esses cantores que a garotada toda conhece e eu não?!
E canta junto todas as canções!!! Pois é, e eu amo música...