domingo, 30 de janeiro de 2011

SOGRA É A SUA VÓ

MANOEL HERCULANO

Eu sinto tanta saudade da vovó, mas tanta, tanta, que até sobra
E aí, não apenas por dó, sinto saudade também da minha sogra
As duas possuem qualidades, peculiaridades, defeitos e afins
Com elas já vivi momentos que são raridades, bons e ruins
Se uma tem a fama de ser chata, entrona, a que chega e fica
A outra não usa chibata mas supervisiona e com jeitinho implica
Elas viraram personagens e a sogra quase sempre é a vilã
Mas entre mitos e bobagens a vovozinha poderá oferecer a maçã
E como é uma arte saber desatar nó, fazer e desfazer manobra
Digo-lhes que nem toda sogra é vó, mas toda vovó é ou foi sogra
Portanto, por que o espanto, se uma ou outra nunca vem só
E se você ainda quer xodó, vá ao tororó, porque sogra é a sua vó

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--- E neste 30/01/2011, quase meia-noite, estou postando esta homenagem que fiz a essas duas personagens reais e importantes em nossas vidas. Ah, mais um poema com temas sugeridos pela OLDI.

domingo, 2 de janeiro de 2011

ANO DEZ

MANOEL HERCULANO


Com os devidos direitos, eu não direi 'até logo' nem 'até breve'
Com os pedidos feitos, me despedirei como quem não deve
Objetivos eleitos, agradecimentos refeitos, sou o que se atreve
Porque a pedida é uma despedida com um 'até nunca mais'
E assim despeço-me de mais um ano, um ano demais
Às vezes leve, às vezes leviano, mas confiante, a favor da paz
Despeço-me livre, perseverante, como se voasse a dez mil pés
Como se me doasse, porque querendo ou não, foi um ano dez
Hora de subir ao pódio com medalhas de ouro, prata, bronze
Coração sem ódio para que, após o ano dez, que venha o onze
Com mais canções e poemas, razões para felicidades plenas
Muito mais amizade, de verdade, tipo dez, dezenas, centenas
E que venham os encontros entre iguais e diferentes
E todos os pontos que elevam o positivo de nossas mentes
Venha ano novo, e que o velho tenha vez de novo
Venha esperança, com a vitalidade de uma criança
Vida que segue, coração entregue ao amor e sua astúcia
Não há como fugir, a saída é interagir com a poesia que pulsa
No ano novo, na novidade do de novo, da alegria avulsa
Porque quando o mundo se abre, a vida te cabe, não te expulsa
E não é à toa que achamos a vida boa quando a arte discursa
Então eu digo adeus, com muita coragem, ao ano que partirá
Desejo boa viagem, pois com minha bagagem, eu sei desde já
Quem bate na porta da frente, todo contente, não se contentará
Um ano novinho, cheinho de amor pra dar, e sua mensagem
Não é miragem, é o ano novo que também já está de passagem.

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--- Estou de volta, e desta vez não demorei, para fechar um ano e abrir o outro poeticamente. Aqui está ANO DEZ, feito recentemente e postado às 17:20h deste dia 02/01/2011. E como escrevi no Facebook: "NADA CONTRA MEDALHAS DE PRATA E BRONZE/ MAS EU QUERO OURO EM DOIS MIL E ONZE". Viva a poesia, viva a vida, no ano novo e sempre!!!