Era um lugar no
meio do mato
no mês quatro
do ano de mil
novecentos e um bocado
E como se fosse no
atacado
uma cegonha me
despachou decidida
sem cerimônia fez
recomendações
e disse mais, antes da partida:
e disse mais, antes da partida:
vai em paz
não tenha vergonha
vai ser caipira na
vida
Fazer o quê
eu vim
questão resolvida
Foi assim que
abril me abriu as portas
abriu as comportas
das minhas represas
e nem nos meus
delírios
ouvindo sinos,
seguindo círios
desconfiei que
aquelas águas me reservavam tantas surpresas
Demorei, ponderei
mas caí no mundo
e não saí pelos
fundos
abri a porteira da
frente
rumei pra cidade
a parteira
a palmada
aquela madrugada
plangente
deram o tom da
minha identidade
Foi neste mês
naquele dia
que pela primeira
vez fui diagnosticado com poesia
Porque o destino é
ágil
sempre agiu, aqui
e lá
E ainda age
em todo lar, em
toda laje
Olha quanta coisa
tem acontecido em abril
desde aquele dia
amanhecido até esses anos dois mil
tem o dia do livro
do Indígena
do descobrimento
do Brasil
E tantas datas não
comemoradas
nas matas de Santa Isabel
nas matas de Santa Isabel
todas relembradas
em outras madrugadas
quando cheguei na Cidade Maravilhosa de Vila Isabel
Perdoem a falta de
modéstia e tanto convencimento
mas abril é uma
cortina se abrindo
uma nova
oportunidade me sorrindo
é São Jorge no fortalecimento
um palco iluminado
é São Jorge no fortalecimento
um palco iluminado
para grande cena de renascimento
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*****De volta com mais uma homenagem e, deixando a modéstia de lado (fazer o quê?), a mim mesmo... rsrs. Foi quando fiz aniversário, decidi postar agora. Que tal? São 20:30h do dia 01/junho/2016. Gosto muito deste mês, das festas juninas. Abraço!
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*****De volta com mais uma homenagem e, deixando a modéstia de lado (fazer o quê?), a mim mesmo... rsrs. Foi quando fiz aniversário, decidi postar agora. Que tal? São 20:30h do dia 01/junho/2016. Gosto muito deste mês, das festas juninas. Abraço!