segunda-feira, 5 de dezembro de 2016
C O N V I T E
Coletivo FAROL de Poesia
Manoel Herculano
Mariana Imbelloni
Marisa Vieira
R E C I T A L
Versos Autofalantes
Fomos convidados e estamos de volta ao
Gabinete de Leitura Guilherme Araújo
Rua Redentor, 157 - Ipanema - RJ
(quase esquina com Rua Garcia D'Ávila)
Dia 15.12.16 - às 19:30h
# Entrada livre, contribuição espontânea.
Ou seja, a bilheteria estará aberta mas a
decisão consciente é sua. Esperamos você!
#
segunda-feira, 28 de novembro de 2016
VIVINHO DA SILVA
MANOEL HERCULANO
Viva, viva, estou vivinho da Silva
e sou todo gargalhada
sou o camarada Luiz
aquele menino magro, fraco
da fortaleza de São Luís
Eu tenho sangue nordestino
tenho esse destino teimoso
que se preza
genioso e forte feito reza
povoado de rebeldia
eita nós, quanta teimosia
Mas é tudo divino
por causa do cordel, da poesia, do menino
que antes de aprender a lição, aprendeu o hino
e desde então canta sua pátria mãe gentil
a mãe que chorou quando o filho partiu
Mãe, tô vivo
pai, viva
a princesinha do mar é mesmo uma diva
Ah, esta noite sonhei com Iracema
de mãos dadas em Ipanema
Rapaz, o mundo é grande demais
muito maior que o Ceará
será que será
maior que o Pará e Minas Gerais
Maranhão, São Paulo e os pantanais
E o Rio
olha, eu nem imaginava
que existia um rio maior que aquele
onde eu nadava
É, o mundo dá muitas voltas
e nesse mundão a gente vive às voltas
Pois então volta, Luiz
volta pra quem te pede bis
Tá bom, eu volto
mas depois eu volto
Oh, minha mãe, te agradeço, te rogo
e já sei nadar, aprendi a trilha, vivi na Ilha
neste Rio já não me afogo
eu volto
mas a despedida será apenas com um
até logo
-----------------------------------------------------------------
***** De volta, com este que é irmão gêmeo do poema
''Menino, menino'', e que falo no Coletivo Farol de Poesia em
''Versos Autofalantes''. Eu estou surpreso e muito feliz com as
visitas aqui no Blog nos últimos meses, mais que triplicou.
Muito obrigado!
Bem, são 21h do dia 28/11/2016.
Grande abraço.
Viva, viva, estou vivinho da Silva
e sou todo gargalhada
sou o camarada Luiz
aquele menino magro, fraco
da fortaleza de São Luís
Eu tenho sangue nordestino
tenho esse destino teimoso
que se preza
genioso e forte feito reza
povoado de rebeldia
eita nós, quanta teimosia
Mas é tudo divino
por causa do cordel, da poesia, do menino
que antes de aprender a lição, aprendeu o hino
e desde então canta sua pátria mãe gentil
a mãe que chorou quando o filho partiu
Mãe, tô vivo
pai, viva
a princesinha do mar é mesmo uma diva
Ah, esta noite sonhei com Iracema
de mãos dadas em Ipanema
Rapaz, o mundo é grande demais
muito maior que o Ceará
será que será
maior que o Pará e Minas Gerais
Maranhão, São Paulo e os pantanais
E o Rio
olha, eu nem imaginava
que existia um rio maior que aquele
onde eu nadava
É, o mundo dá muitas voltas
e nesse mundão a gente vive às voltas
Pois então volta, Luiz
volta pra quem te pede bis
Tá bom, eu volto
mas depois eu volto
Oh, minha mãe, te agradeço, te rogo
e já sei nadar, aprendi a trilha, vivi na Ilha
neste Rio já não me afogo
eu volto
mas a despedida será apenas com um
até logo
-----------------------------------------------------------------
***** De volta, com este que é irmão gêmeo do poema
''Menino, menino'', e que falo no Coletivo Farol de Poesia em
''Versos Autofalantes''. Eu estou surpreso e muito feliz com as
visitas aqui no Blog nos últimos meses, mais que triplicou.
Muito obrigado!
Bem, são 21h do dia 28/11/2016.
Grande abraço.
domingo, 13 de novembro de 2016
C O N V I T E
COLETIVO FAROL DE POESIA
Manoel Herculano
Mariana Imbelloni
Marisa Vieira
R E C I T A L VERSOS AUTOFALANTES
Gabinete de Leitura Guilherme Araújo
Rua Redentor, 157 - Ipanema - RJ
Dia 22 de novembro às 19:30h
Entrada livre / Contribuição espontânea
OBS:
# O Espaço fica quase esquina com Rua Garcia D`ávila.
## Falarei o segundo poema aqui abaixo (Menino, menino), inédito.
VAMOS?
### Meu muito obrigado às presenças aqui no Blog e nas apresentações.
Grande abraço.
MH
Manoel Herculano
Mariana Imbelloni
Marisa Vieira
R E C I T A L VERSOS AUTOFALANTES
Gabinete de Leitura Guilherme Araújo
Rua Redentor, 157 - Ipanema - RJ
Dia 22 de novembro às 19:30h
Entrada livre / Contribuição espontânea
OBS:
# O Espaço fica quase esquina com Rua Garcia D`ávila.
## Falarei o segundo poema aqui abaixo (Menino, menino), inédito.
VAMOS?
### Meu muito obrigado às presenças aqui no Blog e nas apresentações.
Grande abraço.
MH
quarta-feira, 28 de setembro de 2016
HISTÓRIA DE CONTADORES
MANOEL HERCULANO
Era uma vez, duas, três
mas toda vez parecia que era a primeira vez
Porque história é assim, continua após o fim
e quem conta história já sabe
o mundo que a imaginação cabe
São malas e malas de sonhos
caixas e pacotes de viagens
para onde realidades viram miragens
E os contadores
esses nem lembram de suas dores
quando vestem o jaleco
e despem-se de alguns pudores
naquele instante são doutores
Acreditam na loucura que os chamou
na cura pelo amor
A resposta vem em forma de sorriso
de olhar encantado
outro agradecimento nem é preciso
objetivo alcançado
Eles desfazem a trama, fazem a cama, o laço
só não dispensam o abraço
para colar cada pedaço da própria alma
que ouve outro tipo de palma
antes de seguir para a próxima missão
para o próximo olhar de confissão
e continuar repetindo: Era uma vez
viva e deixe viver, era outra vez
como quem não sabia que era impossível e fez
Histórias que confortam os que suportam
o que está por vir
que despertam e que fazem o boi da cara preta dormir
Histórias que nos levam para o futuro
para os tempos passados
e trazem ao presente nossos antepassados
História de mãe, de tio, de vó
de quem lê e de quem fala de cor
História que desponta sem disputa
feito oração para quem conta, para quem escuta
Fortalecendo assim aquele fio de vitórias
renascendo enfim neste Rio de Histórias
----------------------------------------------------------------------
*****E este eu fiz recentemente, minha homenagem aos
contadores de histórias, especialmente do projeto Viva e
Deixe Viver / Rio de Histórias, que tenho me apresentado nas
festas de formatura a convite da Regina Porto. Viva!
Agora são 21:15h do dia 28 / Setembro / 2016.
Obrigado pelas visitas aqui no Blog. E muito em breve
o meu primeiro LIVRO! Está chegando: Ô DE CASA,
RIO MARANHÃO!
Grande abraço para todos!
Era uma vez, duas, três
mas toda vez parecia que era a primeira vez
Porque história é assim, continua após o fim
e quem conta história já sabe
o mundo que a imaginação cabe
São malas e malas de sonhos
caixas e pacotes de viagens
para onde realidades viram miragens
E os contadores
esses nem lembram de suas dores
quando vestem o jaleco
e despem-se de alguns pudores
naquele instante são doutores
Acreditam na loucura que os chamou
na cura pelo amor
A resposta vem em forma de sorriso
de olhar encantado
outro agradecimento nem é preciso
objetivo alcançado
Eles desfazem a trama, fazem a cama, o laço
só não dispensam o abraço
para colar cada pedaço da própria alma
que ouve outro tipo de palma
antes de seguir para a próxima missão
para o próximo olhar de confissão
e continuar repetindo: Era uma vez
viva e deixe viver, era outra vez
como quem não sabia que era impossível e fez
Histórias que confortam os que suportam
o que está por vir
que despertam e que fazem o boi da cara preta dormir
Histórias que nos levam para o futuro
para os tempos passados
e trazem ao presente nossos antepassados
História de mãe, de tio, de vó
de quem lê e de quem fala de cor
História que desponta sem disputa
feito oração para quem conta, para quem escuta
Fortalecendo assim aquele fio de vitórias
renascendo enfim neste Rio de Histórias
----------------------------------------------------------------------
*****E este eu fiz recentemente, minha homenagem aos
contadores de histórias, especialmente do projeto Viva e
Deixe Viver / Rio de Histórias, que tenho me apresentado nas
festas de formatura a convite da Regina Porto. Viva!
Agora são 21:15h do dia 28 / Setembro / 2016.
Obrigado pelas visitas aqui no Blog. E muito em breve
o meu primeiro LIVRO! Está chegando: Ô DE CASA,
RIO MARANHÃO!
Grande abraço para todos!
segunda-feira, 15 de agosto de 2016
MENINO, MENINO
MANOEL HERCULANO
Bem vindo à selva
Por favor, entre, sente-se, se sirva
Mas antes, pose para uma selfie
Nome: Luiz Manoel da Silva
Menino, menino, aonde você pensa que vai
assim, sem mãe nem pai?
Olha aqui, olha lá, aqui não é acolá
a selva é urbana, não é humana
Salve-se, você é apenas um Silva
e quem não é salvo vira alvo
na selva urbana primitiva
Trocar tua cabana por Copacabana
por um barraco na periferia?
Ah, cidade maravilhosa, como eu também queria!
Pai, eu vou, mãe, me solta
Eu prometo, vai ter volta
E aí eu fui, fui ver qual era
de repente parecia que eu vivia em outra era
falei: já é, já era
Porque não era uma vez
era toda vez, todo santo mês
Não tinha o que colher, o que comer
era de se envergonhar
às vezes não tinha nem o que sonhar
Menino, menino, presta atenção
você não acha que é muita pretensão
um sonho tão alto, sair da roça pro asfalto?
Na selva urbana não tem só animais e homens do mato
tem também o bicho homem que diz:
perdeu, me passa o que é teu ou eu te mato
Rio de Janeiro não é um riacho
com canoas deslizando rio abaixo
Sim, é um Rio lindo
como a poesia de uma tarde caindo
Mas é cheinho de novidade e confusão
eita lugar pra ter ilusão, inspiração
muito mais que no rádio e na televisão
Rio de outra vertente
nosso Rio que não nos pertence
Mas sobre isso eu não quero falar
sobre isso eu não vou calar
Porque não basta fazer barulho
tem que encher o peito de orgulho
Subir morro, descer ladeira
apesar dessa ordem desordeira
Sempre com um poema em riste
e aquela esperança corajosa que resiste
Menino, menino
a essa altura da vida
debaixo desse céu
que te salve a leitura
Nossa Senhora Aparecida
Padim Padre Cícero
e a literatura de cordel
E tudo mais o que a Escola da vida ensina
Menino, não desanima, não desanima
------------------------------------------------------------------
***** De volta, e com mais um poema encomendado.
Eu gostei, e você? Diga-me. Já é dia 16/08/16, 00:30h.
Obrigado. Abraço.
Bem vindo à selva
Por favor, entre, sente-se, se sirva
Mas antes, pose para uma selfie
Nome: Luiz Manoel da Silva
Menino, menino, aonde você pensa que vai
assim, sem mãe nem pai?
Olha aqui, olha lá, aqui não é acolá
a selva é urbana, não é humana
Salve-se, você é apenas um Silva
e quem não é salvo vira alvo
na selva urbana primitiva
Trocar tua cabana por Copacabana
por um barraco na periferia?
Ah, cidade maravilhosa, como eu também queria!
Pai, eu vou, mãe, me solta
Eu prometo, vai ter volta
E aí eu fui, fui ver qual era
de repente parecia que eu vivia em outra era
falei: já é, já era
Porque não era uma vez
era toda vez, todo santo mês
Não tinha o que colher, o que comer
era de se envergonhar
às vezes não tinha nem o que sonhar
Menino, menino, presta atenção
você não acha que é muita pretensão
um sonho tão alto, sair da roça pro asfalto?
Na selva urbana não tem só animais e homens do mato
tem também o bicho homem que diz:
perdeu, me passa o que é teu ou eu te mato
Rio de Janeiro não é um riacho
com canoas deslizando rio abaixo
Sim, é um Rio lindo
como a poesia de uma tarde caindo
Mas é cheinho de novidade e confusão
eita lugar pra ter ilusão, inspiração
muito mais que no rádio e na televisão
Rio de outra vertente
nosso Rio que não nos pertence
Mas sobre isso eu não quero falar
sobre isso eu não vou calar
Porque não basta fazer barulho
tem que encher o peito de orgulho
Subir morro, descer ladeira
apesar dessa ordem desordeira
Sempre com um poema em riste
e aquela esperança corajosa que resiste
Menino, menino
a essa altura da vida
debaixo desse céu
que te salve a leitura
Nossa Senhora Aparecida
Padim Padre Cícero
e a literatura de cordel
E tudo mais o que a Escola da vida ensina
Menino, não desanima, não desanima
------------------------------------------------------------------
***** De volta, e com mais um poema encomendado.
Eu gostei, e você? Diga-me. Já é dia 16/08/16, 00:30h.
Obrigado. Abraço.
quarta-feira, 1 de junho de 2016
FOI EM ABRIL
MANOEL HERCULANO
Era um lugar no
meio do mato
no mês quatro
do ano de mil
novecentos e um bocado
E como se fosse no
atacado
uma cegonha me
despachou decidida
sem cerimônia fez
recomendações
e disse mais, antes da partida:
e disse mais, antes da partida:
vai em paz
não tenha vergonha
vai ser caipira na
vida
Fazer o quê
eu vim
questão resolvida
Foi assim que
abril me abriu as portas
abriu as comportas
das minhas represas
e nem nos meus
delírios
ouvindo sinos,
seguindo círios
desconfiei que
aquelas águas me reservavam tantas surpresas
Demorei, ponderei
mas caí no mundo
e não saí pelos
fundos
abri a porteira da
frente
rumei pra cidade
a parteira
a palmada
aquela madrugada
plangente
deram o tom da
minha identidade
Foi neste mês
naquele dia
que pela primeira
vez fui diagnosticado com poesia
Porque o destino é
ágil
sempre agiu, aqui
e lá
E ainda age
em todo lar, em
toda laje
Olha quanta coisa
tem acontecido em abril
desde aquele dia
amanhecido até esses anos dois mil
tem o dia do livro
do Indígena
do descobrimento
do Brasil
E tantas datas não
comemoradas
nas matas de Santa Isabel
nas matas de Santa Isabel
todas relembradas
em outras madrugadas
quando cheguei na Cidade Maravilhosa de Vila Isabel
Perdoem a falta de
modéstia e tanto convencimento
mas abril é uma
cortina se abrindo
uma nova
oportunidade me sorrindo
é São Jorge no fortalecimento
um palco iluminado
é São Jorge no fortalecimento
um palco iluminado
para grande cena de renascimento
---------------------------------------------------------------------
*****De volta com mais uma homenagem e, deixando a modéstia de lado (fazer o quê?), a mim mesmo... rsrs. Foi quando fiz aniversário, decidi postar agora. Que tal? São 20:30h do dia 01/junho/2016. Gosto muito deste mês, das festas juninas. Abraço!
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*****De volta com mais uma homenagem e, deixando a modéstia de lado (fazer o quê?), a mim mesmo... rsrs. Foi quando fiz aniversário, decidi postar agora. Que tal? São 20:30h do dia 01/junho/2016. Gosto muito deste mês, das festas juninas. Abraço!
quarta-feira, 6 de abril de 2016
NORDESTINO NATO
MANOEL HERCULANO
- Está no seu destino
foi o que aquela jovem senhora me disse
e num desejo repentino
quase pedi que ela repetisse
Porque, previsões à parte
seja lá como for
em nome da arte, da crendice, do amor
sempre tive dúvidas sobre o impossível
Tá certo que eu não era assim
um letrado
mas o incrível é que, para quem sonha
todo sonho é crível
E eu já havia me retratado
por não ter diploma nem mestrado
por não ter diploma nem mestrado
É que no sertão acontece assim
tem a lição, a missão, mais Não que Sim
e tem gente que mal aprende a ler
já sai falando em latim
Confesso, no entanto
que lá no agreste
nordestino
nenhum homem nem santo
me contou sobre os versos alexandrinos
Mas entre predicados e
prediletos
diálogos, diagnósticos, dialetos
eles me falaram com poesia
gentileza e outros afetos
meus grandes mestres
semianalfabetos
Sou muito agradecido às professoras
aos escritores, educadoras, contadores
As histórias que eles me
contaram
são contas e contos deste meu rosário
e também dos colares
que enfeitam meus
encontros com a poesia
Porque sem blasfêmia nem heresia
existe poema que equivale a
uma homilia
Talvez, por isso
este meu compromisso
E quando ela disse que estava
no meu destino
eu que sou meio de véspera, vespertino
não acreditei nem duvidei
apenas me ''herculanizei'' e segui obstinado
Hoje, décadas após ser desafiado
ainda meio desconfiado, acho que
é bem provável que ela tivesse razão
A poesia é meu brasão
o Maranhão, meu estado poético
meu autorretrato
eles confirmam: sou um nordestino nato
--------------------------------------------------------
*****Demorei um pouco mas estou de volta.
Mais um poema inspirado no que vi, vivi, ouvi.
São 20:35h do dia 6/4/2016
*****Demorei um pouco mas estou de volta.
Mais um poema inspirado no que vi, vivi, ouvi.
São 20:35h do dia 6/4/2016
*Revisto em junho / 2022
*Para entrar no livro POEMAS SÃO DESTINOS / 2022
*15 anos de Poesia!
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