quinta-feira, 1 de maio de 2014

B A N D E I R A

MANOEL HERCULANO

Pra ser bem sincero, falando sério ou em tom de brincadeira
A verdade é que nunca fui de levantar bandeira
Porém, poeta bandoleiro, sempre subindo e descendo ladeira
Vez ou outra me pego dando a maior bandeira
Para a mulher rendeira, a fazendeira, a benzedeira
É que eu sou Manoel e, de certa forma, falo de cadeira
Sou desses, sou daqueles que vão à praça da Bandeira
E feito menino a caminho da Escola com sua merendeira
Canto os hinos nacional, regional e da Bandeira
Sem bandeira dois, com bandeira branca verdadeira
Meu ginásio Bandeirante, viva nós, viva a voz do Bandeira
Na Rua da União, café com pão, primeira infância derradeira
Aluno, professor, morte, doutor, canção, avô, balada, baladeira
O poeta e seu bando de versos, sua inspiração faladeira
Bandeira da poesia, daquelas bandas, da bordadeira
Recife, onde ferve o frevo e quebra o coco a quebradeira
Mas hoje vou-me embora pra pasárgada, e sem choradeira
Vou rastrear por onde passa toda poesia estradeira
 E hastear de praça em praça poemas de Manuel Bandeira

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*** Bem, ontem fui convidado do Sarau "Da Boca Para Fora" e o  
homenageado foi Manuel Bandeira, então, há alguns dias, resolvi escrever alguma coisa, e aqui está. Eu também sou do mês de abril, sou Manoel e... Poeta (desculpem a pretensão...rsrs). Mas
achei que o poema merecia ser postado aqui no Blog. Que tal?
São 15:30h do dia do Trabalho: 01/05/2014. Grande abraço!