sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O L I N D E Z A S

MANOEL HERCULANO

E nada de ado-ado-ado cada um no seu quadrado/  Aqui seguimos pelo mesmo lado de tuas calçadas/ Pelas  mesmas esquinas de tuas ruas ladrilhadas/  E eu me atrevo porque são muitos os encantos  / O teu frevo e todos nós nos quatro cantos/  Sem descanso, sem discórdia/  Felizes da vida subimos a ladeira da misericórdia/  Olinda, olindezas, tuas redondilhas, tuas redondezas/  Sou mais um jogado aos teus pés/ Para dizer-te o quanto linda tu és/  Cada praça, cada Igreja/  Cheia de graça, que assim seja/  A tua história, os teus visitantes/  O ontem agora, nesses nossos instantes/  E a noite, que já é uma criança, a todos contagia/  Fica fácil voltar à infância e fazer estripulia/  Ainda que o galo cante, que o horizonte desponte/  Com inspiração para se viver um novo dia/  Tua noite é para se beber, embeber-se de poesia/  E foi neste clima que o poema amanheceu/  Vestido de rima o sol se acendeu/  Quando lá de cima uma luz nos transcendeu/  Os olhos se abriram, o dia e a vida sorriram/  E então aconteceu mais um milagre/  Realizando o desejo que cada minuto se consagre/  Porque a vida é este e o próximo instante/  Que bem vividos, minha Olinda, já são o bastante.

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*** De volta com este poema que escrevi em/para Olinda durante a Fliporto 2012. Impossível não escrever   em Olinda, ainda mais durante a Fliporto... Enfim, dois meses depois, aqui está OLINDEZAS. Agora são 23:50h do dia 18/01/2013. Digam alguma coisa! Obrigado! Abraços e beijos e até breve!!!